Nos últimos anos, foram introduzidos no mercado HMOs fabricados, e foram realizados vários ensaios clínicos para avaliar a sua eficácia. O primeiro HMO a entrar em cena, e o mais estudado, é a 2’Fucosil-lactose (2’-FL), que é o HMO mais abundante no leite humano. Estudos realizados com 2’-FL isoladamente ou com outros HMOs mostraram que é: seguro e bem tolerado, promove um crescimento saudável e adequado à idade e ajuda a alterar a microbiota intestinal para a composição dos bebés amamentados. A suplementação com 2’-FL e outros HMOs também melhorou a consistência das fezes e apoiou a função imunitária. ​

A forma como o 2’-FL e outros HMOs podem exercer os seus benefícios tem sido investigada, e sugere-se que os benefícios associados aos HMOs sejam atribuídos aos oligossacarídeos do leite e aos metabolitos produzidos durante a sua fermentação pela microbiota intestinal. Como não são digeridos pelas enzimas gastrointestinais, funcionam principalmente como prebióticos, modulando a colonização e a composição da microbiota intestinal.⁵

Além disso, servem como recetores de engodo e previnem a adesão de agentes patogénicos, sendo, por isso, antimicrobianos. ¹ Os HMO afetam a função imunitária inata, impactando o crescimento e a diferenciação da resposta imunitária do epitélio intestinal, bem como a integridade da barreira intestinal. ⁶ Os HMO podem também influenciar diretamente a resposta imunitária através da modulação das populações de células imunitárias e da produção de citocinas. ⁷ Dados emergentes sugerem que alguns HMO podem afetar o desenvolvimento estrutural do cérebro e as capacidades. cognitivas, impactando a formação de sinapses entre os neurónios do sistema nervoso, bem como a transmissão neuronal.⁸​